Cada um tem o seu engano de estimação. O meu é o mais vulgar: voltar atrás.

Está para chegar o ano que tanto esperámos. O mesmo que se fez futuro tantas vezes aguardado e sob a luz do qual traçámos os sonhos mais bonitos, projectos de felicidade como são todos e, como lhes é próprio, embrulhados num enviesamento optimista de fazer o sorriso largo e a espera longa. Finalmente tudo despachado e a vida, cheia, sempre cheia, pronta a começar. Sem remorsos.

Porém, como ao tempo sucede por vezes acontecer, atrasou-se. Hoje, chega o ano novo que tanto esperámos mas, já não chegamos nós.

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